Blog do Hektor

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terça-feira, 27 de junho de 2017


HIROSHIMA

YOUTUBE: OGMIOS SEACULUM OBSCURUM

Link de "Para Chanichi Tetsutani, Reiko Watanabe e Kengo Nakawa em Hiroshima":


MAIS MÚSICAS NO YOUTUBE PARA OS AMIGOS E FÃS DA EDITORA OGMIOS (SEACULUM OBSCURUM)/GRAVADORA ARTE DEGENERADA. Colocamos mais uma música no YOUTUBE: “PARA CHANICHI TETSUTANI, REIKO WATANABE E KENGO NAKAWA, EM HIROSHIMA” (basta acessar: HIROSHIMAOgmios/Seaculum Obscurum). O vídeo, mais uma vez, foi elaborado e produzido por mim e pelo baterista/colaborador da Seaculum Obscurum, Felipe Ramos, que fez um excelente trabalho de edição.

O poema/música faz parte do Livro-Música “Winona e as Cadeiras de Rodas” (Poesia/Música/Pintura), composto, elaborado e produzido por mim entre os anos de 2002 e 2005 (em Belém/Santarém-Pará), e que foi lançado internacionalmente através do website www.seaculumobscurum.com, em junho de 2005. Com relação à música e ao poema, eles foram compostos por mim em 2005 e foram inspirados pelo documentário da BBC intitulado “Hiroshima”, que tratava da explosão da Bomba Atômica em 06 de agosto de 1945. A música foi composta e gravada em maio de 2005, em Santarém, com piano (teclado) e mais alguns sons.

Chanichi Tetsutani, Reiko Watanabe e Kengo Nakawa são nomes de pessoas que morreram no dia 06 de agosto de 1945 em Hiroshima/Japão. A história deles é descrita no documentário da BBC (escrito e dirigido por Stephen Walker), com atores representando as pessoas envolvidas nos fatos ocorridos no dia 06 de agosto de 1945.


As explosões das duas Bombas Atômicas em Hiroshima (06 de agosto de 1945) e Nagasaki (09 de agosto de 1945) foram fatos históricos que abalaram o mundo. O mundo jamais seria o mesmo após aquele dia 06 de agosto de 1945.

Reproduzo aqui alguns trechos do documentário da BBC:

Comandante do Boeing B-29/Enola Gay:
“A primeira onda de choque nos atingiu. O avião todo estalou e tremeu com a explosão. Onde antes havia uma cidade com casas e prédios, e tudo o que dava para ver dessa altitude, agora não se via mais nada, exceto os destroços negros e ferventes lá embaixo. Ninguém falou por um instante, e aí todos começaram a falar ao mesmo tempo. Lembro-me de Lewis batendo em meu ombro dizendo, ‘olhe aquilo, olhe aquilo!’ E que sentira o gosto da fissão atômica, e era de chumbo”.

Narrador (Stephen Beckett):
“Na cauda do Enola Gay, Bob começa a tirar fotos da enorme nuvem em forma de cogumelo”.

Bob, tripulante do Boeing B-29/Enola Gay:
“A coluna de fumaça sobe rápido, está quase no nosso nível e continua. Tem um núcleo vermelho, ígneo, é toda turbulenta, chamas por toda parte, como num braseiro. A cidade deve estar debaixo disso”.

Comandante do Boeing B-29/Enola Gay:
“08:18. MEU DEUS, O QUE FIZEMOS? MESMO SE VIVER 100 ANOS, NUNCA ESSES POUCOS MINUTOS SAIRÃO DE MINHA MENTE.”

Narrador/Documentário:
“Um milionésimo de segundo após a detonação, HIROSHIMA DEIXOU DE EXISTIR. Testes posteriores mostram a força da onda de choque nuclear, rasgando prédios, carros, e carne, na velocidade do som. MAIS DE 100 MIL PESSOAS E 47 MIL CASAS SUMIRAM DO MAPA, LITERALMENTE. A 500 metros da ponte que Tom Ferebee escolheu como ponto de mira, Reiko Watanabe foi instantaneamente incinerada pela explosão. A 1500 metros da ponte, Chanichi Tetsutani e seu melhor amigo também morreram, o quadro de aço de seu triciclo novo se derretendo no calor de 1 milhão de graus. A 1600 metros do epicentro, Kengo Nakawa é exposto ao mesmo calor, mas seu relógio resiste, com os ponteiros paralisados no exato momento em que ‘Little Boy’ explodiu.”

Narrador/Documentário:
“Três dias depois, uma segunda bomba atômica foi jogada em Nagasaki, matando 80 mil pessoas. No dia 14 de agosto, oito dias depois da missão do Enola Gay em Hiroshima, os japoneses finalmente se renderam. Chanichi Tetsutani foi enterrado no jardim onde brincava no dia em que morreu. Achando triste demais um menino de quatro anos sozinho no túmulo, seu pai enterrou junto com o filho o triciclo. Trinta anos depois, os restos de Chanichi foram removidos para uma sepultura formal. O corpo de Reiko Watanabe nunca foi encontrado. Por dois dias, seus pais e sua irmã a procuraram pelas ruínas da cidade, mas tudo o que acharam foi sua lancheira, sob uma parede caída, com o conteúdo carbonizado pelo calor de 10 sóis. Kengo Nakawa morreu em decorrência das queimaduras, duas semanas depois. Seu filho doou seu relógio anos depois para o Museu da Paz de Hiroshima, onde se encontra até hoje, um símbolo do momento em que o mundo mudou para sempre”.


Eis o poema, que também aparece no vídeo:

PARA CHANICHI TETSUTANI, REIKO WATANABE E KENGO NAKAWA, EM HIROSHIMA

(poema/música: Marco Alexandre Rosário, 2005, Livro-Música “Winona e as Cadeiras de Rodas”, Santarém-Pará-Brasil).


foi enterrado no jardim onde brincava no dia em que morreu

Pessoas sorrindo na rua                                                                                                 Pessoas sorrindo na rua

triciclo enterrado...

Pessoas sorrindo na rua                                                                                                 Pessoas sorrindo na rua

lancheira carbonizada pelo calor de dez sóis

Pessoas sorrindo na rua                                                                                                 Pessoas sorrindo na rua

triciclo enterrado...

Pessoas sorrindo na rua                                                                                                 Pessoas sorrindo na rua

relógio parado no momento em que...

relógio parado no momento em que...

relógio parado no momento em que...

o mundo mudou para sempre

mundo mudo e parado

Dedico a edição do poema/música “PARA CHANICHI TETSUTANI, REIKO WATANABE E KENGO NAKAWA, EM HIROSHIMA” no YouTube às milhares de pessoas que morreram, ficaram feridas ou desapareceram nos dias 06 e 09 de agosto de 1945, devido às explosões ocorridas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão.

Estes livros e livros-música a que sempre me refiro, foram e são fabricados de forma artesanal. Nos anos 1980 do século passado, eles eram feitos a mão ou datilografados e as músicas eram gravadas em fitas cassetes. Já no século XXI, eles foram digitalizados (incluindo as músicas). Mas as capas ainda são feitas como nos anos 1980 do século XX, com papel veludo. Contando com os livros e livros-música que estão comigo (as versões originais e as versões feitas entre 2001 e 2005), devem existir uns 50 destes trabalhos espalhados pelo mundo. Os trabalhos da Editora Ogmios (Seaculum Obscurum)/Gravadora Arte Degenerada nunca foram publicados comercialmente e não podem ser comprados em livrarias e lojas. Todos os trabalhos em mãos de terceiros foram dados por mim.

Marco Alexandre Rosário

Editora Ogmios (Seaculum Obscurum)/Gravadora Arte Degenerada
30 anos (1984/2014)

EDITORA OGMIOS
(SEACULUM OBSCURUM)
GRAVADORA ARTE DEGENERADA

TRINTA ANOS
(1984 – 2014)

10 ANOS DO WEBSITE www.seaculumobscurum.com
(2005/2015)

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